Boas Vindas...

Este poderá ser um espaço de partilha ou de simples visita. Começou por uma brincadeira, talvez resulte numa coisa mais séria. Vamos ver qual o caminho que toma. Vou colocando em debate ideias, noticias, reflexões, sobre assuntos que a todos preocupa, sendo pais, filhos ou familiares, a todos aqueles que se prestam à relação. Assim, convido-vos a irem comentando as noticias, os desabafos e as descobertas...



Até breve, Ana Paulico

24 de março de 2022

Um conto para Crianças!

Os contos trazem mensagens... para grandes e pequenos, pela voz de Camila Zen.

Senta e ouve... 

Tu és Especial!

Como foi o seu sono hoje?


A importância de ter um sono reparador é bem conhecida por todos, e sabemos que sofrer de insónia é uma ameaça para o nosso bem-estar. Isto implicará diversos mecanismos cerebrais, por isso, é importante manter uma boa higiene do sono.
E depois de uma noite "sem pregar o olho", podemos sofrer diversas consequências adversas durante o dia, como fadiga, sonolência, dor de cabeça, deficit de atenção… Assim, é evidente que a sua função vai muito para além de nos permitir um simples descanso físico. Por outro lado, devido aos efeitos da falta de sono, é notável a sua complexa função e a necessidade que os seres humanos têm de dormir.

Mas o que acontece enquanto dormirmos? Quais funções têm o sono? Como posso melhorar a sua qualidade? Todas estas perguntas e mais algumas serão respondidas a seguir.

Por que o sono é tão necessário?

O sono não é simplesmente um intervalo na nossa vida tão cheia de afazeres. Ele é essencial para nossa saúde física e emocional
Fisicamente, o sono adequado ajuda o corpo a se recuperar de doenças e ferimentos. Uma comissão de especialistas dos Estados Unidos disse que distúrbios do sono podem ser uma significativa barreira para a recuperação, podendo até acentuar uma doença primária.
Mas os benefícios emocionais e mentais do sono são também significativos. Uma pesquisa epidemiológica descobriu que as pessoas com insónia cronica eram mais propensas a desenvolver vários tipos de problemas psiquiátricos, e tinham maiores probabilidades de precisar de serviços de saúde que as pessoas com sono normal.
Até mesmo distúrbios ocasionais do sono podem tornar a vida diária mais estressante, ou diminuir nossa produtividade. Na pesquisa Gallup citada acima, as pessoas que dizeram não ter dificuldades para dormir relataram também maior capacidade em concentrar-se, cumprir tarefas pessoais e profissionais, e superar irritações passageiras. Em contraste, a falta de sono pode diminuir a habilidade de realizar tarefas que envolvam memória, aprendizado, raciocínio lógico e cálculos matemáticos. Isso pode contribuir para dificultar o relacionamento com parentes, amigos e colegas de trabalho, sem falar que erros e falta de empenho no trabalho podem comprometer até mesmo o seu emprego.
De fato, a falta de sono é apontada como um dos factores que podem ajudar a prever o absentismo, custando uns milhões de euros à economia a cada ano, segundo estimativas conservadoras. O sono insuficiente também pode ser perigoso, e causar acidentes sérios ou mesmo fatais. Só pensando, que muitos dos acidentes de trânsito rodoviário nas estradas portuguesas em cada ano estão relacionados à fadiga.

Quanto se deve dormir?

A necessidade de sono varia. Em geral, adultos saudáveis necessitam em média de sete a nove horas de sono por noite. Há quem se sinta novo em folha depois de dormir cinco ou seis horas. Outras pessoas, por outro lado,  não conseguem funcionar se não dormirem pelo menos 10 horas seguidas. E, ao contrário do que geralmente se pensa, a necessidade de sono não diminui com a idade (O que acontece é que a capacidade de dormir bem pode diminuir).
Assim sendo, como saber quanto tempo de sono você realmente precisa? Se tem dificuldade em permanecer alerta durante situações monótonas ou entediantes, quando a fadiga é normalmente “desmascarada”, então provavelmente não está desfrutando de tempo suficiente de sono de boa qualidade. Outros sinais são a tendência a se irritar muito facilmente como colegas de trabalho, familiares e amigos, e dificuldade em se concentrar ou lembrar de fatos.

Tempo de Auto-cuidar...

 Passado este tempo voltei a sentir necessidade de voltar a este espaço, acolher experiências, reunir novas  ferramentas de trabalho, partilhar aprendizagens... 

Deixo-vos hoje uma meditação da Camila Zen.

Meditação para Cura e Saúde



25 de outubro de 2020

Todo o nosso coração num Abraço

 “O abraço é uma longa conversa que acontece sem palavras. Tudo o que tem de ser dito soletra-se no silêncio...”


“Diz-se que o nosso corpo tem a forma de um abraço. Talvez por isso a tarefa de abraçar seja tão simples, mesmo quando temos de percorrer um longo caminho. O abraço tem uma incrível força expressiva. Comunica a disponibilidade de entrar em relação com os outros, superando o dualismo, fazendo cair armaduras e motivos, cedendo, nem que seja por instantes, na defesa do espaço individual. Há uma tipologia vastíssima de abraços, e cada uma delas ensina alguma coisa sobre aquilo que um abraço pode ser: acolhimento e despedida, congratulação e luto, reconciliação e embalo, afeto ou paixão. Os abraços são a arquitetura íntima da vida, o seu desenho invisível, mas absolutamente presente; são plenitude consentida ao desejo e memória que revitaliza. Todos nos reconhecemos aí: em abraços quotidianos e extraordinários, abraços dramáticos ou transparentes, abraços alagados de lágrimas ou em puro júbilo, abraços de próximos ou de distantes, abraços fraternos ou enamorados, abraços repetidos ou, porventura, naquele único e idealizado abraço que nunca chegou a acontecer mas a que voltamos interiormente vezes sem conta.

No princípio era o abraço, se pensarmos no colo que nos nutriu na primeira infância. Essa foi, para a maioria de nós, a primeira e reconfortante forma de comunicação. Mas a necessidade de um abraço acompanha a nossa existência até ao fim. O abraço é uma longa conversa que acontece sem palavras. Tudo o que tem de ser dito soletra-se no silêncio, e ocorre isto que é tão precioso e afinal tão raro: sem defesas, um coração coloca-se à escuta de outro coração.”


Autor: José Tolentino Mendonça

31 de março de 2020

Como manter a Ansiedade em Perspectiva

Em muitos dos pedidos de ajuda que acompanho on-line, as pessoas referem estar esgotadas pela actual crise, pelas noticias da epidemia, pela incerteza no futuro, pelo crescente medo do contágio. Agora, mais do que nunca, precisamos permanecer calmos e atentos a tantos perigos, reais e percebidos. Mas como poderemos fazer isso? 

Aqui estão duas etapas que eu recomendo.

1. Distinguir ansiedade e medo

O primeiro passo para lidar com isso é aprender a distinguir a ansiedade do medo realista.
O medo é imediato: uma ameaça bem na sua frente que requer uma resposta rápida. Podemos pensar num medo concreto, quando vou a conduzir numa auto-estrada e está um nevoeiro cerrado, ou então uma chuva intensa, que só me permite ver alguns metros mais à frente eu sinto medo. Sem precisar pensar, todos os seus sentidos se concentram para que eu possa responder de uma maneira que garanta minha sobrevivência e a das outras pessoas no carro. Esta é uma resposta útil a uma situação perigosa.
Por outro lado, quando ligamos a alguém e essa pessoa não nos atende. "Pode haver milhares de razões pelas quais ele não atende o telefone", poderemos então pensar que ... “Pode estar no chuveiro. Adormeceu. Esqueceu o telefone em casa. Mas a nossa mente por vezes é traiçoeira e cria o pior cenário possível. Se eu telefonar aquela pessoa e ela não me atende, pode ser que ela esteja morta ou ferida?! 
E assim, desta forma, com este pensamento em mente, os meus olhos se arregalam, o coração dispara, e o meu corpo entra num estado de "hiper-alerta" - mesmo que tudo só aconteça na minha cabeça... 

Pior ainda, esta ansiedade alimenta-se a si mesma. Podemos descrevê-la como um macaco agitado dentro de uma loja de loiça. Vai fazer estragos. E os estragos podem intensificar-se, construindo uma história fatalista cada vez mais assustadora. E pode ser muito duro! 
Passamos a estar ansiosos só de pensar que vamos sentir ansiedade. E entramos num ciclo vicioso, medo de sentir ansiedade e, isso aumenta a nossa ansiedade. 

2. Aplicando um antídoto 


Mas quando esses sentidos são despertados por ameaças imaginárias, somos consumidos por essa ansiedade. O fato de a ansiedade dominar o corpo, da mesma maneira que o medo, confere à ansiedade mais credibilidade do que ela merece. Quando teu corpo reage dessa maneira, a tua mente acredita que a ansiedade está a alertar para uma ameaça genuína, real.
E quando o cérebro está a produzir um filme em que imagina um resultado horrível após o outro, ele (cérebro) não tem espaço suficiente para perceber claramente o mundo à nossa volta e, fazer escolhas cuidadosas e apropriadas para nos proteger a nós e aos outros.
Então, primeiro passo: comece por respirar pausadamente, por um minuto ou dois, respirar para acalmar a mente e o batimento cardíaco. Só depois é possível determinar se essa ameaça que sente é real ou é uma conjectura dadas as circunstâncias. Pergunte-se: "Isso é uma ameaça real? Ou minha mente está imaginando/fantasiando ou talvez exagerando o que realmente está lá?" Não tente se acalmar à força - isso é demais. Apenas tente determinar se esse é um medo real ou uma conjectura ansiosa.
Em seguida, depois de saber que o que você sente é ansiedade, considere utilizar um antídoto. 

Um dos meus favoritos é cultivar um pouco de bondade para Ti mesmo. Existem meditações guiadas sobre bondade na internet ou na página do Sôma&Ser. Estas meditações, normalmente, são muito simples - frequentemente propõem que cante/verbalize para si mesmo : “Posso estar livre de danos. Posso ser forte e saudável. Posso ser feliz. Que eu viva uma vida cheia de facilidade. ” E depois estendendo esses mesmos desejos às pessoas que você ama e ao mundo em geral.
Quando verbalizas sinceramente esses desejos, toda esta prática é um alívio. As frases canalizam a energia (focam a mente) em vez de permitir que ela prolifere e se exalte. Desta forma poderá voltar ao controlo, sentir o seu corpo relaxado à medida que o espaço mental que estava focado na ansiedade se abre e liberta. 
Desta forma fica livre para escolher como reagir a seguir, em vez de fica preso nas histórias fantasmagóricas que a cabeça criou.

Outra ferramenta eficaz é simplesmente mudar o ambiente físico. Ainda que estejamos em contenção, este pode ser um momento para sair de casa (com as devidas precauções) mas só se houver coisas que em casa activem a tua ansiedade. Ou então muda de divisão, ou então põe uma música suave, dança ao som dessa música... 
As ferramentas são simples - a chave é saber quando usá-las.

Para concluir partilho uma história: "Recentemente, a Ana foi ás compras e viu-se cercada de pessoas, muitas de máscara e luvas, outras sem protecção mas de cara cerrada, andando de corredor em corredor a fazerem as suas compras. Instantaneamente, o seu pulso começou a acelerar, e todos os seus medos pelo contágio afloraram à sua mente, tanto que ela teve que parar de fazer compras e fazer uma pausa.

Primeiro, a Ana respirou fundo uma e outra vez, para sair da mente e voltar ao corpo - ao aqui e agora. Então, ela viu que estava em um grande local público e estava em segurança. Não havia uma ameaça imediata.
A partir disso, ela expandiu seus pensamentos para seu carro seguro que estava no estacionamento, e para a sua casa onde vive confortavelmente há décadas. Enraizar-se no presente - e em seu contexto mais amplo - diminuiu a ansiedade e, assim, a enfraqueceu o medo, permitindo que ela cumprisse as suas tarefas.

A história da Ana ilustra os dois elementos de como lidar com a ansiedade. O primeiro é reconhecê-lo. A ameaça está no momento ou está na mente? Depois de nomear, é mais fácil resolvê-lo. Tal como a Ana, pode buscar várias ferramentas. Mas nada é seguro em todas as situações, há que tentar e experimentar uma e outra vez. Se caímos, levanta-mo-nos e seguimos em frente. Pedimos ajuda, se necessário, seguimos em frente... a cada momento. 
É assim que a mudança acontece, é assim que o progresso é feito - através de esforço resiliente, não através de autopunição ou julgamento. 

Mas a mudança é possível. Tu podes viver uma vida em que mantens a ansiedade em perspectiva.

A História do Bambú

Uma história que nos Ensina... Vamos crescer como o Bambú?!
História do Bambú
Abraço do coração...

27 de março de 2020

Uma Proposta de Meditação - Mindfulness

Para a Gestão da Ansiedade e do Stresse