Boas Vindas...

Este poderá ser um espaço de partilha ou de simples visita. Começou por uma brincadeira, talvez resulte numa coisa mais séria. Vamos ver qual o caminho que toma. Vou colocando em debate ideias, noticias, reflexões, sobre assuntos que a todos preocupa, sendo pais, filhos ou familiares, a todos aqueles que se prestam à relação. Assim, convido-vos a irem comentando as noticias, os desabafos e as descobertas...



Até breve, Ana Paulico

7 de junho de 2009

Mensagem de uma Criança para os seus Pais



Não me dês tudo o que peço. Às vezes só peço para ver até onde posso chegar.
Não me grites. Respeito-te menos quando me gritas e me ensinas a gritar também e eu não quero fazê-lo.
Não me dês sempre ordens. Se em vez de ordens, às vezes me pedires, eu faria mais rápido e com mais vontade as coisas.
Cumpre as promessas boas ou más. Se me prometes algo dá-me, mesmo que seja um castigo.
Não me compares com ninguém especialmente com o meu irmão ou irmã. Se tu me fazes sentir melhor que os outros, alguém sofre e se me fizeres sentir pior que os outros, sou eu que sofro.
Deixa-me ter valor por mim próprio, se tu fizeres tudo por mim eu nunca poderei aprender.
Não mintas à minha frente, nem me peças para mentir por ti, ainda que seja para te tirar de uma aflição, pois fazes-me sentir mal e perder a confiança em tudo o que me dizes.
Quando eu faço algo de errado, podes questionar-me mas não esperes sempre que eu saiba explicar o porquê, pois às vezes nem eu mesmo sei.Quando estives enganado sobre qualquer coisa admite-o, pois a opinião que tenho de ti crescerá e ensinas-me a admitir também os meus erros.
Trata-me com a mesma amabilidade e simpatia, com que tratas os teus amigos, somos uma família mas também poderemos ser amigos.
Não me digas para fazes uma coisa e tu não a fazes, pois eu aprenderei a fazer como tu, ainda que não o diga.
Quando te contar um problema meu, não me digas: “Não tenho tempo para parvoíces” ou “Isto não tem importância nenhuma”. Tenta compreender-me e ajudar-me.
Ama-me e diz-me que me queres. Gosto de ouvir tu dizeres, ainda que tu não aches necessário dizê-lo.


Recolha do Livro de RAFAEL MOLINA – “Filho perdoa-me”. Sincelejo – Colômbia

Tradução de Teresa Ferrão (Ed. Infância) e Anabela Vinagre (Psicóloga)
Segue outros Comentários e Artigos em http://psicriando.blogspot.com/

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